Julgo que os cuidados a ter com o coto do cordão umbilical são sobejamente conhecidos. Limpar uma vez por dia com álcool a 70º até ele mumificar e destacar sozinho. Manter esses cuidados até a cicatriz ‘secar’. Admito que aquele pedaço de carne morta não é uma visão bonita no meio do quadro azul-bebé do recém-nascido. Seja como fôr, é proibido tapar o cenário com a fralda. E esta é mensagem que parece custar a passar.
O ambiente húmido e quente da fralda estimula o crescimento bacteriano e a inflamação crónica do coto umbilical. Após a queda do cordão fica uma zona de cicatrização que, quando sujeita a essa inflamação, desenvolve um tecido de granulação, o chamado granuloma umbilcal. Este granuloma é um tecido inflamatório que vai segregando um líquido purulento e, por vezes, sangra. O que fazer? Poder-se-á continuar a desinfectar com álcool 70º e deixar secar ao ar. Se não resolver numa semana, será necessário queimar com sulfadiazina de prata. Esta queimadura química é feito usando um bastonete impregnado com esta substância, tendo o cuidados de tocar apenas no tecido de granulação. Ainda assim, a sua cicatrização poderá resultar num pólipo inestético que necessita de plastia posterior.
De qualquer das formas, e dada esta explicação, o melhor mesmo é andar com o umbiguinho, dentro do body, fora da fralda, à mostra.