10 Conselhos para Evitar os Afogamentos de Crianças
Bernarda Sampaio
- Perto da água, não perca as crianças de vista nem por um segundo. Não espere ouvir barulho. Uma criança não esbraceja nem grita quando cai à água: afoga-se em silêncio absoluto. Redobre a vigilância com as crianças mais novas ou com necessidades especiais, no caso destas o adulto deverá estar na água e as crianças ao alcance de um braço.
- Nunca deixe uma criança com menos de 3 anos sozinha na banheira durante o banho; não atenda o telefone nem a porta. Despeje a água da banheira imediatamente após a utilização.
- Despeje toda a água de baldes, alguidares e banheiras logo após a utilização.
- Dificulte o acesso das crianças aos locais com água: vede as piscinas e tanques e cubra os poços. Não tenha brinquedos próximos à piscina, nem use colchões ou brinquedos insufláveis.
- Escolha praias e piscinas vigiadas e cumpre a sinalização. Nas praias localize o nadador salvador.
- Coloque sempre coletes salva-vidas às crianças, mesmo que saibam nadar, em águas agitadas, turvas ou profundas e sempre que andar de barco ou praticar desportos naúticos.
- Em águas paradas, transparentes e pouco profundas e mesmo quando a criança está a brincar perto da piscina, coloque braçadeiras às crianças que ainda não sabem nadar bem.
- Ensine as crianças a nadar, mas mantenha a vigilância. O álcool pode interferir com o seu estado de vigília e com a sua capacidade de nadar. Alerte os adolescentes para este perigo.
- Ensine as crianças a nunca irem nadar sozinhas, a nadar paralelamente à margem e a não mergulhar de cabeça sem conhecer bem a profundidade da água ou se existem rochas ou desníveis no fundo, não mergulhar em pontões. Ensine as crianças a nunca atrapalhar outras crianças com brincadeiras perigosas (submersão da cabeça, empurrões para a água…).
- Aprenda a fazer reanimação cardio-respiratório, esse gesto pode salvar uma vida. Faça um curso de Primeiros Socorros! Se ocorrer um acidente por submersão e a criança parar de respirar, se possível alerte o nadador salvador, chame o 112 e dê indicações precisas sobre o local onde se encontra;se souber, inicie a reanimação cardio-respiratória e mantenha-a até à chegada da ambulância.
A existência de uma boa vedação diminui para metade o número de acidentes por submersão nas piscinas. Para ser eficaz, a vedação não deve permitir a passagem de uma criança por cima, por baixo ou através dela. (ver recomendações técnicas para vedações de piscinas na APSI)
Os coletes salva-vidas e as braçadeiras facilitam a flutuação, mas não substituem nunca a vigilância activa do adulto. Estima-se que 85% dos afogamentos resultantes de acidentes com barcos poderiam ter sido evitados se a vítima utilizasse colete salva-vidas. As bóias e colchões insufláveis são perigosos e não devem ser usados por crianças. Viram-se facilmente e podem ser arrastados pelo vento.
Normas a ter em atenção na escolha de braçadeiras :
- Devem ser adequadas ao peso da criança e estar de acordo com as normas de segurança
- Ter pipos com saída de ar controlada
- Ter duas camaras de ar independentes em forma de anel à volta do braço
- Ter cores garridas
- Em cada colocação acabe de enchê-las já no braço, para que fiquem bem ajustadas
Alguns conselhos na escolha de coletes salva-vidas:
- Devem ser adequadas ao peso da criança e estar de acordo com as normas de segurança
- Não devem ser insufláveis
Em férias, redobre a vigilância. O primeiro dia de férias e o final da tarde são as alturas em que acontecem mais afogamentos. Quando chegar, e antes de desfazer as malas, inspeccione o local onde vai viver nos próximos tempos, verificando o acesso a piscinas, lagos, tanques, poços, rios ou mar. Utilize embarcações aquáticas em segurança: respeite e faça respeitar as zonas de banhistas. Jovens com menos de 16 anos não devem conduzir embarcações pessoais como motos de água ou outras. Lembre-se que o colete salva-vidas deve ser sempre utilizado.