O Dia dos Namorados ou (melhor dito) o Dia de São Valentim é um dia de luta, de resistência. Conta a wikipedia que «o imperador Cláudio II, durante seu governo , proibiu a realização de casamentos em seu reino, com o objectivo de formar um grande e poderoso exército. Cláudio acreditava que os jovens, se não tivessem família, alistar-se-iam com maior facilidade. No entanto, um bispo romano continuou a celebrar casamentos, mesmo com a proibição do imperador. Seu nome era Valentim e as cerimónias eram realizadas em segredo. A prática foi descoberta e Valentim foi preso e condenado à morte. Enquanto estava preso, muitos jovens jogavam flores e bilhetes dizendo que os jovens ainda acreditavam no amor.» Há este significado da luta pelo direito ao casamento, a constituir família e a amar. E depois há o milagre, porque continua a wikipedia «entre as pessoas que jogaram mensagens ao bispo estava uma jovem cega, Astérias, filha do carcereiro, a qual conseguiu a permissão do pai para visitar Valentim. Os dois acabaram apaixonando-se e, milagrosamente, a jovem recuperou a visão. O bispo chegou a escrever uma carta de amor para a jovem com a seguinte assinatura: “de seu Valentim”, expressão ainda hoje utilizada».
Hoje, não temos propriamente uma lei que proíba o casamento, mas há tanta coisa o atrapalha. Desde cedo, uma sociedade hedonista parece preocupa-se mais com o próprio do que com o outro. Nas relações pessoais, palavras como matrimónio, entrega, compromissso estão fora de moda. Depois, é toda a dificuldade económica, laboral, social para ter filhos. É cada vez mais difícil constituir família em Portugal quanto mais fazê-la crescer. Isso é visível na preocupante quebra da natalidade, mas também no crescente número de divórcios. Apesar de tudo, há pais e Mães por esse País que não desistem. É giro ver este contra-ciclo de Mães (porque pais são menos) a lançarem negócios online para amealhar um pouco mais lá para casa, a organizarem feiras e mercaditos para juntos se promoverem e um número infindável de fóruns, websites, conferências, workshops de e para pais, alguns com motivos acrescidos de ajudar em causas solidárias. É como se houvesse um movimento de auto-defesa das famílias contra toda esta crise (e não me refiro só à económica).
Hoje, é esta a nossa luta e eu até gosto!
adorei o texto, passei por um divorcio há pouco que muito me magooue em parte vi a minha pequena familia de 4 destruida, desunida e separada, na continuo a acreditar na instituição familia e na (boa) luta diaria que isso acarreta…
mais uma vez parabéns pelo texto .
bjnhos
Sara
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