Se seguem o meu instagram, poderão ter percebido que estive na Roménia, no início deste mês. Tive a honra de ser convidado pela Associação Europeia de Cirurgiões Pediátricos (EUPSA) para ser formador num curso de laparoscopia em Timisoara. Esta foi a segunda vez que fui como formador convidado à Roménia. O curso correu lindamente. Para mim, é um previlégio poder contactar com alguns grandes nomes da cirurgia pediátrica europeia, conviver com formandos de países tão exóticos como os Camarões e, na medida do que vou sabendo, poder ajudar estes colegas menos experientes a evoluir nas suas técnicas miniamente invasivas. Quantos mais soubermos ser minimamente invasivos, mais e mais crianças serão menos agredidas cirurgicamente.
Mas ser convidado para leccionar estes cursos representa também um conjunto de experiências que vou acumulando, uma melhoria das minhas capaciades de ensino e, claro, a minha própria evolução técnica. Como eternizou Phill Collins em ‘Son of a Man’, «in teaching you will learn, and in learning you will teach.» De facto, foi num destes cursos que germinou a ideia dum modelo para treino da cirurgia laparoscópica da hérnia inguinal em crianças que publicámos em Abril numa revista importantes da Cirurgia Pediátrica: ‘Preliminary Assessment of a Dry-Lab Model for Laparoscopic Percutaneous Inguinal Ring Suture Training’ Apesar de ser uma técnica que ganha mais e mais adeptos, não é fácil ensiná-la nem conseguir modelos de treino eficientes. Esta geringonça que inventámos parece ajudar. Podem ler mais sobre hérnia inguinais na criança aqui e sobre a sua correção ‘sem cicatriz’ aqui.
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